Condições extremas: 16 mil animais presos num navio com calor de 40°C na Austrália

Na última semana de janeiro, a mídia internacional noticiou sobre o caso de 14 mil ovelhas e 2 mil bovinos, criaturas indefesas, à deriva em um navio sob o calor sufocante da costa australiana. O destino original era Israel, mas a tensão no Mar Vermelho forçou a embarcação MV Bahijah a abandonar a viagem. A manutenção dos animais à deriva se dá por questões políticas e de biossegurança. O grupo Houthi, do Iêmen, atacou navios na região, e a embarcação com os animais foi ordenada a retornar à Austrália. No entanto, as rigorosas medidas de biossegurança impediram a retirada dos animais.

Mais que uma questão logística, a situação tem que ser tratada levando em conta os direitos animais. Enquanto nada é feito, eles sofrem, trancados em compartimentos nada confortáveis e sob temperaturas próximas a 40°C, aguardando uma decisão sobre seu destino. Organizações defensoras dos direitos dos animais clamam por compaixão, pois esses seres vivos merecem mais do que serem tratados como mercadorias. O Ministério da Agricultura australiano afirma que não há preocupações significativas com a saúde dos animais, mas a voz dos defensores dos animais ecoa: ‘isso é desumano’. Afinal, esses animais não são objetos inanimados. Eles são seres sencientes, respirando e sentindo. 

 

Direitos animais: em que situações como essa contribuem para o debate sobre a causa?

 

A base para um diálogo efetivo sobre os direitos animais é o reconhecimento de que eles têm senciência, ou seja, a capacidade consciente de sentir sensações e emoções. Nesse aspecto, o caso dos animais presos na embarcação na Austrália é emblemático e lembra que, apesar de muitas pessoas ainda os verem como meros recursos para a existência humana, os animais são seres com interesses próprios. Suas vidas importam e a discussão sobre seus direitos deve transcender o antropocentrismo.

Ao compartilhar essa mensagem e promover esse debate, contribuímos para que mais pessoas se conscientizem sobre a necessidade de proteger os animais não-humanos. Quer fazer parte da mudança também? Filie-se ao IAA!

 

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