Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro, em parceria com a USP e outros institutos, analisou a distribuição de sete espécies de felinos na Mata Atlântica, buscando identificar as áreas mais adequadas para sua sobrevivência e propor estratégias de conservação. No entanto, notou-se que, menos de um terço da Mata Atlântica remanescente, é adequada para felinos silvestres.
Os resultados apontam para uma situação que exige atenção: apenas 30% da Mata Atlântica remanescente é altamente adequada para os felinos. Nesse sentido, a Serra do Mar e a região da Araucária concentram as maiores áreas adequadas. Outro ponto apresentado é que apenas 9% das áreas adequadas estão protegidas por Unidades de Conservação.
Esse tipo de estudo permite direcionar esforços de conservação para as áreas mais críticas. Além disso, auxilia no planejamento de ações de reversão e evidencia a necessidade de proteger áreas além das atuais Unidades de Conservação. Afinal, as principais ameaças aos felinos são a perda e fragmentação de habitat e a caça retaliatória e essas questões acontecem em todos os pontos.
Muitas espécies de felinos da Mata Atlântica estão ameaçadas de extinção, com populações cada vez menores e mais fragmentadas. Os felinos desempenham um papel fundamental na regulação das populações de presas, mantendo o equilíbrio do ecossistema. A perda desses predadores pode levar a explosões populacionais de algumas espécies e extinções em cadeia.