Mais de 100 mil tartarugas-da-Amazônia nascem em projeto de proteção

Todos os anos, um evento se repete: o nascimento de filhotes de tartarugas-da-Amazônia. Estima-se que mais de 100 mil tartarugas vão nascer no Rio Branco até o fim de fevereiro. O Projeto Quelônios da Amazônia (PQA), uma iniciativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), é o principal responsável por esse feito.  

Há 35 anos, o projeto monitora e protege os ninhos de tartarugas-da-Amazônia, que desovam nas praias do Baixo Rio Branco, em Roraima. Para isso, as equipes do projeto percorrem longas distâncias, muitas vezes por rios de difícil acesso nas comunidades ribeirinhas, para identificar e marcar os ninhos. Além disso, monitoram o ciclo de reprodução das fêmeas para tentar prever o tempo de eclosão e depois fazer a soltura. 

Assim que acontece a desova, os ovos são cuidadosamente transferidos para locais seguros, onde podem se desenvolver sem o risco de predadores ou do tráfico de tartarugas feito por criminosos. Neste ano, o Projeto Quelônios da Amazônia catalogou 120 ninhos de tartarugas-da-Amazônia, a maioria na ilha Maú. O número de ovos, 100 mil, é quase o dobro do registrado no ciclo 2023-2024, em que foram mais de 57 mil ovos. 

 

O aumento no número de ovos de tartarugas-da-Amazônia são um sinal do impacto positivo da proteção 

 

Esse resultado positivo é atribuído a uma série de fatores, incluindo a intensificação do trabalho de monitoramento e proteção dos ninhos, a conscientização da população local sobre a importância da conservação da espécie e a melhoria das condições ambientais nas áreas de desova. 

Apesar dos avanços, a tartaruga-da-Amazônia ainda enfrenta desafios. O principal deles é o tráfico de animais selvagens, que captura fêmeas reprodutoras para o comércio ilegal de carne e ovos. Nesse sentido, o projeto tem desempenhado um papel fundamental no combate a esses desafios. Além de proteger os ninhos e monitorar os filhotes, o projeto promove ações de educação ambiental, buscando educar a população sobre a importância da conservação da tartaruga-da-Amazônia.  

 

SOBRE O INSTITUTO ABOLICIONISTA ANIMAL (IAA)

O Instituto Abolicionista Animal (IAA), fundado em agosto de 2006, é uma associação civil sem fins lucrativos dedicada à abolição de todas as formas de escravidão animal. Criado por um grupo de juristas, acadêmicos e ativistas, o IAA tem como missão impulsionar pesquisas e estudos no campo do direito animal e da filosofia dos direitos animais.

A associação é reconhecida por promover debates acadêmicos e expandir o discurso jurídico em prol dos animais não-humanos, influenciando programas de pós-graduação em Direito no Brasil. Siga o IAA nas redes sociais para ficar por dentro de tudo.

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