Veja como se comportam as onças-pintadas entre secas e cheias na Amazônia

As onças-pintadas na Reserva Mamirauá, na Amazônia, desenvolveram um comportamento único durante as cheias dos rios Solimões e Japurá, vivendo em árvores altas para se adaptarem ao período de inundação entre maio e agosto. 

Assim, a estratégia inclui criar filhotes e caçar em alturas elevadas. No entanto, a região enfrenta agora uma seca intensa, ampliada pelo El Niño e pelo aquecimento do Atlântico Tropical Norte. 

De acordo com Marcos Brito, especialista em felinos do Instituto Mamirauá, em entrevista ao G1, há diferenças no comportamento das onças-pintadas entre os períodos de cheia e seca na reserva de 11.240 km². Devido à inundação da reserva durante a cheia, as onças não têm a opção de migrar para terra firme, o que exige adaptações especiais durante os períodos de alagamento.

 

Leia também: Proibição de patrocínio federal a eventos em que haja abuso animal é aprovada por comissão

 

Alimentação das onças-pintadas na seca e na cheia da Amazônia se difere

 

Durante a seca, as onças-pintadas se alimentam principalmente de jacarés, especialmente o jacaretinga e os ovos do jacaré-açu. Já em época de cheia, sua dieta consiste principalmente em mamíferos arborícolas, como as preguiças, sendo essa preferência facilitada pelo tamanho menor desses felinos em comparação com outras regiões. 

Já o período reprodutivo das onças em Mamirauá é um mistério. Os monitoramentos sugerem que boa parte dos comportamentos ocorrem durante a cheia, coincidindo com o período de gestação das fêmeas para que os filhotes nasçam na seca, quando há mais alimento disponível. Embora também haja registros de comportamento reprodutivo na seca, levantando a possibilidade de uma reprodução ao longo do ano. 

 

Leia também: Conheça projeto de lei que visa dedução de imposto nos gastos com saúde de animais domésticos

 

SOBRE O INSTITUTO ABOLICIONISTA ANIMAL (IAA)

O Instituto Abolicionista Animal (IAA), fundado em agosto de 2006, é uma associação civil sem fins lucrativos dedicada à abolição de todas as formas de escravidão animal. Criado por um grupo de juristas, acadêmicos e ativistas, o IAA tem como missão impulsionar pesquisas e estudos no campo do direito animal e da filosofia dos direitos animais. 

A associação é reconhecida por promover debates acadêmicos e expandir o discurso jurídico em prol dos animais não-humanos, influenciando programas de pós-graduação em Direito no Brasil. Nos siga nas redes sociais para ficar por dentro de tudo:Facebook e Instagram.

Compartilhe: