Baleias: Fraqueza e infecção por parasitas dificultam desencalhe de baleias-piloto no litoral do RN

Rotineiramente, são noticiados encalhes de baleias nas praias brasileiras. Mais do que um mero evento, os encalhes de baleias representam um risco à integridade desses animais. As causas do encalhe são complexas e multifacetadas: desde doenças e desorientação até poluição sonora e mudanças climáticas. Mais um exemplo disso aconteceu no último mês no Rio Grande do Norte, quando 21 baleias-piloto nadavam na parte rasa entre as praias Pititinga e Zumbi. Cinco delas encalharam na areia das praias e não resistiram a tempo de serem resgatadas. 

Uma operação especial foi feita para afastar da enseada os outros 16 animais ainda vivos. Segundo biólogos e médicos-veterinários que atenderam as baleias-piloto que morreram, os animais apresentavam alta taxa de infecção parasitária no sistema auditivo. A condição pode atrapalhar muito o senso de localização e, consequentemente, levá-los a áreas de risco de encalhe.  Para salvar os outros 16 animais vivos e em risco, a equipe do Projeto Cetáceos da Costa Branca, da UERN, realizou uma operação de resgate, que contou com embarcações, motos aquáticas e especialistas. 

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Como funcionou o resgate das baleias?

O processo, que durou 7 horas ao todo e terminou no salvamento das baleias, foi árduo, uma vez que os animais estavam debilitados, não reagiam aos estímulos sonoros e se agrupavam em torno da líder que também estava desorientada. A importância de operações de resgate como essa é enorme, já que, nesses momentos críticos, o tempo é crucial. Cada minuto que passa aumenta o risco de desidratação, queimaduras pelo sol, predação e até mesmo morte para esses animais.  

Além disso, o resgate de uma baleia encalhada é uma operação complexa e delicada. Requer conhecimento especializado, equipamentos adequados e, acima de tudo, a união de esforços de diversos profissionais e voluntários. Cada baleia resgatada é uma vitória para a vida, um lembrete de que somos parte de um ecossistema interligado e que a preservação da biodiversidade é essencial.

O que podemos fazer?

  • Apoiar organizações que trabalham na pesquisa e conservação de baleias.
  • Reduzir nossa “pegada ambiental”, diminuindo a poluição e o consumo desenfreado.
  • Cobrar dos governantes políticas públicas que protejam os oceanos e a vida marinha.

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SOBRE O INSTITUTO ABOLICIONISTA ANIMAL (IAA)

O Instituto Abolicionista Animal (IAA), fundado em agosto de 2006, é uma associação civil sem fins lucrativos dedicada à abolição de todas as formas de escravidão animal. Criado por um grupo de juristas, acadêmicos e ativistas, o IAA tem como missão impulsionar pesquisas e estudos no campo do direito animal e da filosofia dos direitos animais.

A associação é reconhecida por promover debates acadêmicos e expandir o discurso jurídico em prol dos animais não-humanos, influenciando programas de pós-graduação em Direito no Brasil. Siga o IAA nas redes sociais para ficar por dentro de tudo.

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